sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estação Carandiru

Tinha esse livro a um tempo em minha estante de livros, essa foi a primeira vez que li. Livros interessantes são assim, você não consegue parar, você quer devorá-los lendo. Agora estou entendendo como uma experiência dessas acresçentou no aprendizado do Drauzio Varella, não apenas na área da medicina, mas no aprendizado da vida. Você precisa ver vidas muito piores que a sua, para pensar em valoriza-lá mais. É bem por aí.
Como ele descreve o antigo presídio, as situações precárias, o imenso número de presos, a lei que eles próprios fazem de convivência,os pavilhões, falas de presos, aconteçimentos, acertos de contas, os suicídios, dias de visita familiares, tudo... São inúmeras experiências em que ele vivenciou e eu também aprendi por ele compartilhar isso conosco.
Isso é algo muito distante da minha realidade por exemplo, e suponho que seja por isso que eu tenha ficado tão indignada e curiosa. O livro consiste em algumas fotos também, dos presos e do presídio em si. Fico vendo e revendo, imaginando quantas vidas lá se perderam e como deveria ser estar em companhias de pessoas fora das leis, e ser uma também. É algo que desconheço, uma realidade não minha, por isso fico mais curiosa ainda de aprender algo novo.
Até comentei com minha mãe se não existia possibilidades de eu visitar algum presídio. Ela ficou louca! rsrs Não acho algo tão fora de cogitação, acho perigoso claro. Mas seria uma visita a um mundo extremamente novo. Quem sabe mais para frente. Também nunca entrei em uma favela, quando passo de carro e vejo, fico olhando até virar a cabeça para trás.
É a pobreza de fato, não que seja algo bom, mas para mim nenhum conheçimento é demais. Podemos aprender com cada vida diferente da sua e você pode ensinar com a sua, ninguém está aqui em vão.
Dei uma mera resumida do que estou lendo, enfim recomendo muito!

7 comentários:

Unknown disse...

http://t.co/W5Co5qg

arash gitzcam disse...

caramba, visitar um presídio?

Xiclique disse...

Nunca entrou em uma favela? Em meus serviços por ai, entrei em varias, e cheguei a conclusão de que essas pessoas são muito mais amigaveis e receptivas do que pessoas que não passam por necessidades...

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http://xiclique.blogspot.com

Lillo G. disse...

Trabalho em bairros periféricos a alguns anos e mesmo aqui não tendo favela, sei bem o que é andar em lugares onde só chegam promessas.

Paulo Cesar PC disse...

Quanto é gratificante o conhecimento.
Experiencias que nos estimula no sentido pratico da vida. Detalhe importante. Como é poderosa e comunicativa a força de um livro e sua boa leitura. Um forte abraço.

Anônimo disse...

Coragem

Pobre esponja disse...

Não precisamos vivenciar a pobreza para saber o quão dolorosa ela é; assim como todas as coisas. Daí a importância da leitura e, principalmente, da falta de preconceito.
Parabéns por se interessar por motivos grandes e humanos.

abç
Pobresponja